terça-feira, 1 de agosto de 2017

Em São Paulo, escola resgata memória do bairro e se aproxima da comunidade.




Antes eu me isolava da comunidade. “Hoje, me relaciono melhor com a história desse lugar e a geografia desse espaço”, revela o adolescente. A mudança se deu a partir da participação de Lucas no Centro de Memória Cohab Raposo Tavares, projeto iniciado em 2012 por docentes da EMEF Professora Maria Alice Borges Ghion com a finalidade de aproximar a comunidade da realidade escolar.
Através do resgate de memórias individuais e coletivas dos moradores da região, o Centro de Memórias busca valorizar a identidade da comunidade e fortalecer a sensação de pertencimento ao local. Criado no âmbito do Programa Ampliar e agora vinculado ao Mais Educação SP, a iniciativa reúne cerca de 30 alunos que registram, documentam e expõem a trajetória do conjunto habitacional, além da história de seus sujeitos, contribuindo para manter viva a memória comunitária.
 O projeto nasceu a partir da percepção de que o bairro tinha muita história, a começar pelo nome das ruas. “Que comunidade dá nome para sua própria rua, para sua praça, para o seu parque e para sua escola? A partir disso eu descobri que tem um coletivo muito forte aqui que luta por tudo. Eles conquistaram o parque, as oito instituições de ensino do bairro, incluindo a ETEC e as duas creches. Podia chamar o centro de Povo de Luta, pois eles são muito guerreiros”, afirma Andrea.
Além de ter conquistado o terceiro lugar no quesito “Unidades Educacionais” do 2º Prêmio Municipal de Educação em Direitos Humanos, o Centro de Memória COHAB Raposo Tavares já recebeu diversas honrarias. Em 2013, ficou em 1º lugar da oitava edição do Prêmio Paulo Freire de Qualidade de Ensino Municipal, concedido pela Câmara de Vereadores da capital paulista; no mesmo ano, conquistou o 3º Prêmio Saci, dado pela Associação de Educadores da USP aos promotores da cultura brasileira.

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